quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Helena

Ela não carregava nada nos ombros. Engraçado, Pois todo mundo leva algo. Quase que pairava no ar de tão leve. Os Cabelos Negros lhe Emolduravam Espetados,Desajetados, mas notava-se Que feitos para ela. Gargalhava pelos olhos, No corpo um pudor gostoso de se violar Uma imprudência acertada. Parece que ela Existia pra carregar o mau da gente. Um dom que só ela tinha, de com a presença e os olhos Ir nos sugando o existir. Só ela sabe, só ela tem o dom. Nos levar os pesos, e aloga-los no próprio peito. Carregava neste uma imundice de dores e magoas. De tudo que era gente, de tudo quanto era lágrima. Ela era livre, E era isso que nos prendia a ela. A sua sinceridade frouxa, nos encantava. A cintura que acompanhava o batuque nos envolvia. E disso tudo ela Sabia,Menina, Moleca. Danada,vadia Ela é Louca , Demente. Apaixonante Tem no lugar dos braços asas, que quando nos emaranhava nelas. A dor do peito sumia. E por um instante a vida sentido tinha. Se tiver sorte , você pode encontra-la em alguma esquina desse mundo. Sem rumo, Pronta pra te mudar., se tiver sorte, quem sabe , sei lá.

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