segunda-feira, 18 de novembro de 2013

um ensaio pra ser.

Ali esta ela, parada no meio desta sala A alguns lapsos de momentos mantém sobre mim um olhar. Tão duro e turvo, tão pesado que agora de mim só resta paisagem. Não me davam chance de fugir ou esquivar-me, e eu nem o quero. continuar ouvindo tudo que aquelas duas esferas negras e perturbadoras continuam a dizer era doloroso e ao mesmo tempo encantador.. Ainda me Segurando pelos olhos, ela move os pequenos dedos de forma sutil ,suave e admirável, as mãos subiram entrelaçadas no ar, dançando um silencio que até então não existia, fizeram parada nas arestas de seu corpo, erguendo a blusa, deixando a mostra ao mundo Vil, aquelas duas manifestações de mulher, pequenos,rosados e inocentes Fechou os dois enigmas, jogou a face pra trás e girou a cabeça.. e levou os braços e as pernas o tronco em movimentos tão diversos, tão alegres sensíveis e seus, que meu corpo se conteve, mas a alma replicou e foi-se embora acompanhá-la. De vez em quando no meio da dança ela roçava as mãos por si só numa tentativa desesperada e insana de se encontrar,quando o fazia o rosto assumia uma sombra de tristeza e necessidade nunca reparadas antes,e quando esse momento se dissipava, voltava aquela manifestação tão puramente verdadeira, o sorriso não lhe cabia na face, parecia rasgar-lhe o orgulho. Da boca emitia uma felicidade em forma de som que desafiava a compreensão lúcida e racional. O saiote longo que ainda se prendia ao corpo dela se retirou como se prevendo não caber mais naquele cenário, aos meus olhos, estava lá uma mulher, tão desprovida de pudor, e medos, tão mulher e tão imperfeita. Abriu os braços e rodopiou, rodopiou, e como rodopiou, E deixou-se cair no chão e no silencio frio, arremesou-se de volta a realidade, nua, jogada ao chão, uma lágrima percorreu a face de uma ponta a outra e assim acabou. E é pra ela, tão mulher, tão humana, tão inspirada que escrevo assim.. És pedra lapidada no divino infame e perplexo fogo. Arredondada e finalizada pelo desejo. Funde dentro de mim, alegria e emoção, quanto desnuda, posso contemplar a criação. As marcas na pele, as rugas, e as saliências Os pelos e a leveza que teu erotismo carrega.. E quando esta lhe abre as pernas.. desejo consome, arde até queimar a fraqueza minha como homem.

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