E agora que tudo perdeu o sentido, como te sentes?
Agora que a vontade de ir embora é tua.
Quando todos os indícios de amor, e caricias inesquecíveis lhe parece comuns
Quando as conversas e os beijos são lembrança porosas?
Como te sentes?
E agora, o que fazes?
Andas pelas ruas procurando um novo afeto pra te afugentares, se sente vazio e perdido
Ansioso e inerte, desajeitado e fora de eixo, se consola com frases feitas
Toma café frio, fuma mais que deveria, transa com quem não queria
Tenta seguir os demais e não consegue, se faz triste porque lhe dá prazer
Queria chorar mas não consegue e assim se mantem vivo.
Latíbulo
“E escrevo Porque o que sou não me suporta”
terça-feira, 20 de outubro de 2015
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
um ensaio pra ser.
Ali esta ela, parada no meio desta sala 
A alguns lapsos de momentos mantém sobre mim um olhar.
 Tão duro e turvo, tão pesado que agora de mim só resta paisagem.
Não me davam chance de fugir ou esquivar-me, e eu nem o quero.
 continuar ouvindo tudo que aquelas duas esferas negras e perturbadoras continuam a dizer era doloroso e ao mesmo tempo encantador..
 Ainda me Segurando pelos olhos, ela move os pequenos dedos de forma sutil ,suave e admirável, as mãos subiram entrelaçadas no ar, dançando um silencio que até então não existia, fizeram parada nas arestas de seu corpo, erguendo a blusa, deixando a mostra ao mundo Vil, aquelas duas manifestações de mulher, pequenos,rosados e inocentes
Fechou os dois enigmas, jogou a face pra trás e girou a cabeça.. e levou os braços e as pernas o tronco em movimentos tão diversos, tão alegres sensíveis e seus, que meu corpo se conteve, mas a alma replicou  e foi-se embora acompanhá-la.
 De vez em quando no meio da dança ela roçava as mãos por si só numa tentativa desesperada e insana de se encontrar,quando o fazia o rosto assumia uma sombra de tristeza e necessidade nunca reparadas antes,e quando esse momento se dissipava, voltava aquela manifestação tão puramente verdadeira, o sorriso não lhe cabia na face, parecia rasgar-lhe o orgulho.
Da boca emitia uma felicidade em forma de som que desafiava a compreensão lúcida e racional.
 O saiote longo que ainda se prendia ao corpo dela se retirou como se prevendo não caber mais naquele cenário, aos meus olhos, estava lá uma mulher, tão desprovida de pudor, e medos, tão mulher e tão imperfeita.
Abriu os braços e rodopiou, rodopiou, e como rodopiou,
E deixou-se cair no chão e no silencio frio, arremesou-se de volta a realidade, nua, jogada ao chão, uma lágrima percorreu a face de uma ponta a outra e assim acabou.
E é pra ela, tão mulher, tão humana, tão inspirada que escrevo assim..
És pedra lapidada no divino infame e perplexo fogo.
Arredondada e finalizada pelo desejo.
Funde dentro de mim, alegria e emoção, quanto desnuda, posso contemplar a criação.
As marcas na pele, as rugas, e as saliências
Os pelos e a leveza que teu erotismo carrega..
E quando esta lhe abre as pernas.. desejo consome, arde até queimar a fraqueza minha como homem.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
R E D A M A R
E lhe sairam da boca Feito pecado.
envoltas num engano,defloraram os meus ouvidos
lentas, leves e dificeis, sairam previlegiadas dos lábios finos, quentes e meus.
escondo por entre as retinas, uma felicidade pálida que ganhou vida,
quando pronunciadas aquelas duas palavras, me deu.
envoltas num engano,defloraram os meus ouvidos
lentas, leves e dificeis, sairam previlegiadas dos lábios finos, quentes e meus.
escondo por entre as retinas, uma felicidade pálida que ganhou vida,
quando pronunciadas aquelas duas palavras, me deu.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Um Erro
O que me escorre pelos olhos é Pedido de Socorro que ninguém
Houve
Que em Forma de lágrima se vê, e se confunde.
É a contemplação de mim mesmo, que eu tento não ver, é a negação
do que sou
É que no fundo é opção minha ser
E este fato de saber é na verdade uma miserável alegria difícil
de entender.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Voce
Quando os olhos pairaram os Meus,Fugitivos,eloquentes.. e que os lábios se abriram,Devagar, inocentes, Tornei-me oca, Pois a alma já não me cabia E desde então Sou,Porque tu és. Acomoda-Me na tua vida.? Te encaixa-se tão completo na bagunça da minha existência Me arrisca,Me tenta Me arranca os gemidos presos aos meus pudores aos quais outros amores não puderam alcançar e que em todas as noites nos teus pensamentos eu possa repousar Aperta-me,Marcando-me a pele Beija-me os seios com ternura como se estes fossem extençoes de minha boca Me deixa te amar. Deslizar tranqüilos meus anseios, sobre teus desejos, deixa estes eu matar! . .
Helena
Ela não carregava nada nos ombros. Engraçado, Pois todo mundo leva algo. Quase que pairava no ar de tão leve. Os Cabelos Negros lhe Emolduravam Espetados,Desajetados, mas notava-se Que feitos para ela. Gargalhava pelos olhos, No corpo um pudor gostoso de se violar Uma imprudência acertada. Parece que ela Existia pra carregar o mau da gente. Um dom que só ela tinha, de com a presença e os olhos Ir nos sugando o existir. Só ela sabe, só ela tem o dom. Nos levar os pesos, e aloga-los no próprio peito. Carregava neste uma imundice de dores e magoas. De tudo que era gente, de tudo quanto era lágrima. Ela era livre, E era isso que nos prendia a ela. A sua sinceridade frouxa, nos encantava. A cintura que acompanhava o batuque nos envolvia. E disso tudo ela Sabia,Menina, Moleca. Danada,vadia Ela é Louca , Demente. Apaixonante Tem no lugar dos braços asas, que quando nos emaranhava nelas. A dor do peito sumia. E por um instante a vida sentido tinha. Se tiver sorte , você pode encontra-la em alguma esquina desse mundo. Sem rumo, Pronta  pra te mudar., se tiver sorte, quem sabe , sei lá.
Paixao
É um ódio ao avesso. É vontade desprovida de sentido, e sensatez. É culpa que se arisca a sentir. A Saudade do não vivido é uma lembrança doce de ser Imaginada Quando não correspondida é dor que ainda sim, se vale. Quando suprida, Só o destino pode saber..
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